Domingo, 1 de Novembro de 2009

Floribella 2

Flor Valente Rebello de Andrade é uma rapariga extraordinária. Sempre acreditou em fadas. Que elas não só existem como nos protegem e estão lá, nos momentos mais difíceis, para nos ajudar. Mas os últimos tempos têm sido particularmente difíceis para Flor. Perdeu o amor da sua vida e vai ter de lidar com as malvadas bruxas Delfina e Magda que regressaram à mansão Fritzenwalden para “tomar posse” dos seus bens.
Para Delfina, os bens incluem todos os irmãos do Frederico. E quanto mais longe estiverem, melhor. Por isso, a sua primeira medida é mandar os mais novos, Tomás e Martim, para um terrível colégio interno. Com o poder de tutela do seu lado, as bruxas não se coíbem de maltratar toda a gente. Mas Flor nunca desiste de enfrentá-las. É na sequência de uma escaramuça com Magda, que inunda a rua do cabeleireiro de espuma, causando o caos na Travessa dos Beijos.

É nesse momento, no meio da espuma, que Flor conhece Máximo Augusto Calderón de la Hoya, conde de Kricoragán, o homem a quem Frederico salvou a vida no dia em que morreu. Máximo não se recorda de nada do que fez nas últimas duas horas. Desmaiou enquanto tentava prender o assassino do Frederico Fritzenwalden e, quando volta a si, está noutro sítio, nos braços de Flor, encharcado em espuma. Nenhum dos dois sabe quem é o outro, mas o impacto é imediato. Apesar dessa atracção inicial depressa se transformar numa zanga, já está a nascer entre os dois um sentimento mais forte que tudo, do qual ambos vão tentar fugir, sem êxito.

O que Flor ainda não sabe é que a sua relação com Máximo foi planeada no Céu. Na verdade, Deus concedeu a Frederico que um “sopro” do seu espírito permaneça no corpo do conde, dizendo-lhe que Máximo tem a força e a coragem que a ele lhe faltaram para enfrentar a maldade e proteger Flor e os seus irmãos. Em contrapartida, o “sopro do espírito” de Frederico ajudará Máximo a sentir e a amar, a sua grande falha. É assim que Frederico faz o conde assinar um documento, assumindo a tutela dos irmãos Fritzenwalden. Sem saber como nem porquê, o Conde depara-se com uma família a seu cargo, uma casa e um monte de responsabilidades, das quais só quer fugir!

Máximo só quer continuar com a sua tranquila vida de solteiro, mulherengo e conquistador. Tomar conta de cinco órfãos não está nos seus planos. Nem consegue acreditar no que ouve. Os irmãos Fritzenwalden muito menos. Em especial Afonso, que não perdoa a Máximo ele ser o responsável pela morte de Frederico. Para Afonso, Máximo só está interessado no dinheiro da família. Mas a lei impõe que Máximo cumpra as suas obrigações e, depois de muitas peripécias, o conde acaba por se mudar lá para casa.

Flor não reage bem à chegada de Máximo. O seu estilo de vida é completamente o contrário do que ela esperava de um príncipe. Máximo é machista, mulherengo, “bom vivant”, despreza o trabalho e as responsabilidades. Mas Flor não consegue deixar de sentir “algo” impossível de compreender. Começa por inexplicáveis “descargas eléctricas” que se produzem quando os dois se tocam… E transforma-se num afecto que ela se nega a admitir. Por seu lado, Máximo também não percebe o que se passa consigo. Sente premonições, coisa que nunca teve na vida, tem estranhos momentos de déjà vu e sente um carinho inexplicável pelos miúdos. Evaristo, o seu mordomo e homem de confiança de sempre, anda seriamente preocupado com a sua saúde mental.

Flor descobre que o pai lhe deixou em testamento cinquenta por cento dos seus bens. Delfina e Magda fazem de tudo para impedir que ela receba esse dinheiro. Só não contavam com a perspicácia do falecido Adolfo Rebello de Andrade, que redigiu um testamento “à prova de bruxarias”. O que está escrito vai deixar todas surpreendidas…

Apesar dos contratempos, Flor não perde o seu bom humor e a sua alegria. Decide refazer a banda de música, mas desta vez com a intenção de ajudar as pessoas. Os Floribella vão cantar a colégios e a hospitais, vão ajudar pessoas em perigo, atenuando a tristeza delas com a música e a alegria de Flor. A força de Flor vai acabar também por ter um “efeito colateral” – seduzir Lourenço e trazer ao de cima o melhor que ele tem.

Mas não vai ser fácil… Burlão e vigarista de profissão, Lourenço foi o primeiro marido de Delfina. Como ela pensava que o casamento não era válido e nunca houve um divórcio, Delfina cometeu o crime de bigamia. Na verdade, o seu casamento com Frederico não é válido. Lourenço guarda este segredo, a troco de partilhar com ela a fortuna Fritzenwalden.
Nos planos de Lourenço também consta ficar com o dinheiro de Máximo, de quem agora é secretário particular, fingindo ser um militar paralítico na reforma, e com aquele que Flor possa vir a herdar. Inteligente e mentiroso é muito diferente de Delfina, pois tem um coração de criança travessa, e será assim até ao final. Um coração que, contra todas as suas estratégias, comove-se com Flor. Lourenço acaba perdidamente apaixonado por ela e disposto a fazer tudo o que tiver ao seu alcance para conquistá-la.

É assim que nasce o acordo entre Lourenço e Delfina: Ele tem de seduzir Flor, enquanto Delfina conquista o conde e o convence a casar-se com ela. A ideia de se transformar em “condessa” agrada-lhe e, uma vez mais, a bruxa júnior conta com o apoio da mamã, que aspira a ser “rainha mãe”. O quarto elemento deste grupo de criminosos é Araújo, um espertalhão com alguns conhecimentos de medicina e farmácia, que se aproximou das bruxas quando estas precisaram de assessoria durante “a doença mortal” de Delfina. Depois do casamento religioso com Magda, Araújo aspira agora a ter “o papelinho” que o transforme no marido de Magda perante a lei, para poder então ficar com uma parte da herança “Rebello de Andrade”. Na verdade, Araújo tem alma de adolescente. Adora gomas, filmes de terror e livros policiais e às vezes sente empatia pelos miúdos. Tem medo de cobras e falta de jeito para o crime. Em geral, os planos correm-lhe mal, mas como tem um sentido de humor corrosivo e não se cansa de mimar Magda, ela acaba sempre por o desculpar.

O que nenhum dos quatro imagina é que Flor acabará por reconhecer o “sopro” de Frederico no Conde e compreenderá que o amor verdadeiro é mais poderoso que o corpo ou o espírito. E como ainda existem contos de fadas, Floribella vai ter uma segunda oportunidade de ter um final feliz.

publicado por sic às 21:04
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